A Telessaúde

A telessaúde é a modalidade de atendimento que permite aos profissionais da área da saúde – médicos, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, entre outros – prestarem serviços de assistência à distância para pacientes com recursos digitais de comunicação interativos, como celulares, computadores e tablets. É poder ter atendimento sem sair de casa, com segurança, conforto e privacidade.

Durante a pandemia, a telessaúde salvou vidas ao evitar idas desnecessárias aos pronto-atendimentos e hospitais, reduzindo o risco de contaminação. Sua adoção também está ajudando a aumentar o acesso da população à saúde, por ampliar as possibilidades de assistência por profissionais que, de outra maneira, dificilmente estariam disponíveis.

Ela viabilizou, ainda, cuidado preventivo e diagnóstico precoce de doenças. De fevereiro de 2020 a janeiro de 2021, foram feitas 2,6 milhões de consultas à distância. Desse total, mais de 60% foram para atender urgências, mostrando como a telessaúde se tornou uma solução inclusive para casos graves. Mais de 80% dos pacientes tiveram seu caso resolvido de forma remota.

Nos últimos dois anos, estima-se que as associadas à FenaSaúde tenham realizado mais de 8 milhões de teleatendimentos, proporcionando enorme ampliação de acesso à saúde. Essa modalidade foi fundamental para encurtar distâncias, democratizar o atendimento e salvar vidas. Por isso, somos favoráveis à prática da telessaúde em caráter permanente no país.

A telessaúde também facilita a interação entre especialistas na avaliação de um diagnóstico ou de tratamento, ajuda no monitoramento remoto do estado de saúde de um paciente que está no hospital ou em casa e garante o acompanhamento de procedimentos emergenciais por equipes especializadas que não estão fisicamente perto.

Todas essas conquistas ainda não estão garantidas no Brasil. É preciso promover a regulamentação definitiva dessa modalidade e assegurar a oferta de telessaúde para os brasileiros.

Acesso

Os brasileiros sempre conviveram com uma brutal desigualdade no acesso à saúde: muitas das nossas regiões têm poucos médicos e poucas concentram a maioria dos profissionais.

 

Para ter uma ideia dessa distribuição desigual, para cada 1 mil habitantes, o Distrito Federal tem cinco vezes o número de médicos do Acre, do Amapá ou do Pará.

 

A telessaúde ajuda a enfrentar essa realidade perversa e mudar a situação. O atendimento remoto encurta distâncias, democratiza o atendimento e salva vidas porque amplia o acesso dos brasileiros à saúde de qualidade, não importa onde estiverem. O Brasil precisa da telessaúde.

Conheça o cenário brasileiro de acesso a medicina, com informações de âmbito nacional, regional e estadual.

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Número de médicos
Número de médicos por 1.000 habitantes

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Estados Regiões País
Fonte: Demografia Médica no Brasil - 2020. Disponível aqui.

Porcentagem de médicos em atividade, distribuídos por regiões do país

53,2%
Sudeste
18,4%
Nordeste
15,3%
Sul
8,5%
Centro-Oeste
4,6%
Norte

Fonte: Demografia Médica no Brasil - 2020. Disponível aqui.

Cenário Atual

Apesar de todos esses avanços, o direito da população brasileira à telessaúde ainda não está garantido. A regulamentação – que permite a prática somente da telemedicina – criada em 2002, está obsoleta e precisa de atualização. Com a chegada do novo coronavírus e o aumento exponencial de pessoas acometidas pela doença, o uso da telemedicina foi autorizado em caráter emergencial durante a pandemia. Agora, precisamos garantir que essa modalidade de atendimento seja preservada, se torne permanente e atenda às necessidades dos brasileiros, em linha com a realidade e com os enormes desafios da saúde no país.

De acordo com a lei que libera a telemedicina no Brasil, a regulamentação da modalidade de maneira permanente caberá ao Conselho Federal de Medicina (CFM). Isso ainda não ocorreu e é importante que a discussão avance rapidamente. No Congresso Nacional existem debates sobre o assunto, inclusive com uma Frente Parlamentar criada exclusivamente para o tema. Por isso, é fundamental que a sociedade tenha uma visão ampla sobre o assunto e o impacto positivo da telessaúde na saúde da população, graças a seu enorme potencial de oferecer mais acesso aos serviços e aos profissionais de saúde disponíveis no país.

Abril de 2022

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que visa regulamentar o exercício da telessaúde no Brasil (PL 1.998/20), que inclui a telemedicina e o teleatendimento por outros profissionais de saúde, tais como, psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais.

 

A prática da telemedicina já havia sido liberada no fim de 2020, em virtude da emergência pública causada pela pandemia de Covid-19. Com o anúncio do fim do estado de emergência pelo governo, que tem data prevista para maio, este é um importante passo para garantir a continuidade da prestação de serviços de saúde a distância por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação.

 

O projeto de lei ainda terá que aguardar a aprovação do Senado, com um escopo mais amplo, trocando a expressão telemedicina, do texto original, por telessaúde.

 

Vale lembrar que a telessaúde já é uma realidade em diversos países: Portugal, Dinamarca, Reino Unido.

Nos Estados Unidos, pelo menos 60% das instituições de saúde praticam algum tipo de telemedicina.

 

Diante de um cenário com pessoas cada vez mais conectadas, que prezam pela agilidade, pela segurança e personalização do cuidado, o uso da telessaúde precisa ser irreversível no Brasil. 

O profissional de saúde

A telessaúde é mais uma nova forma de ampliar a atuação dos profissionais da área. Eles devem ter autonomia para, junto com o paciente, estabelecer a melhor forma da prestação do serviço de acordo com cada caso, usando recursos que prezem, pela qualidade da assistência, segurança das informações e que garantam um atendimento humanizado

Estimular a prática da telessaúde é oferecer mais saúde ao brasileiro por meio do uso de ferramentas que já estão presentes no dia a dia, garantindo cuidado humanizado, ágil e seguro.

Tecnologia

A tecnologia sempre foi uma aliada da saúde. Para que os pacientes possam desfrutar de todos os seus benefícios, no entanto, é preciso usá-la com total segurança, para garantir a privacidade e a proteção dos dados. Tudo precisa estar em conformidade com as rigorosas legislações e normas sobre o tema, principalmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A ampliação do acesso requer a avaliação e a autorização do uso das tecnologias interativas que permitem atendimento à distância e atendam aos requisitos de segurança da informação, qualidade da conectividade e interação, confiabilidade de resultados e integração de sistemas.

Ter um ambiente digital seguro, que respeite a privacidade e garanta a proteção dos dados dos pacientes, é fundamental para a boa prática da telessaúde.

Prevenção

A pandemia está mostrando que prevenção é essencial para promover e preservar a saúde das pessoas. Prevenir é evitar doenças e salvar vidas. A telessaúde tem sido uma aliada nesse esforço, pois ajuda a desafogar a demanda por atendimentos mais complexos, realizados em serviços de urgência e emergência, como pronto-atendimentos e hospitais.

Além disso, o acesso ao profissional de saúde por meio do uso de plataformas tecnológicas interativas facilita o esclarecimento de dúvidas dos pacientes em casos de emergência e permite uma primeira avaliação sobre a necessidade de atendimento presencial.

O uso racional dos recursos vai muito além dos números. Está também na eficiência do atendimento e no cuidado da relação profissional-paciente. É estar presente quando e onde for necessário. É preservar a vida.

Prevenção

Amplia acesso à saúde Amplia acesso à saúde
Oferece atendimento a quem precisa em qualquer lugar e hora Oferece atendimento a quem precisa em qualquer lugar e hora
Reduz a exposição a riscos e auxilia no enfrentamento da Covid-19 Reduz a exposição a riscos e auxilia no enfrentamento da Covid-19
Diminui a jornada do paciente, com maior humanização Diminui a jornada do paciente, com maior humanização
Facilita a interação entre profissionais na investigação de diagnóstico e decisões a respeito de abordagens terapêuticas Facilita a interação entre profissionais na investigação de diagnóstico e decisões a respeito de abordagens terapêuticas
Torna mais ágil a prestação de cuidado com a saúde e atende as necessidades atuais dos brasileiros Torna mais ágil a prestação de cuidado com a saúde e atende as necessidades atuais dos brasileiros
Protege pacientes dos riscos de contaminação Protege pacientes dos riscos de contaminação
Promove a prevenção de doenças e a qualidade de vida dos brasileiros Promove a prevenção de doenças e a qualidade de vida dos brasileiros
Privilegia casos mais graves nos hospitais e o uso racional de recursos Privilegia casos mais graves nos hospitais e o uso racional de recursos
Reduz custos Reduz custos
Evita o agravamento de doenças crônicas Evita o agravamento de doenças crônicas

Depoimentos

"Tenho uma doença grave, mas agora tenho um plano de tratamento preventivo que me dá mais segurança, além do acompanhamento remoto do médico. A telemedicina foi uma luz na minha vida”, Jacinta Teixeira Souza, paciente com câncer de pâncreas que, depois de acompanhar uma live do oncologista e diretor científico do Instituto Oncoguia Rafael Kaliks, entrou em contato com o médico e passou a fazer consultas à distância."

– Jacinta Teixeira Souza Paciente usuária da telessaúde

"A regulamentação definitiva da telessaúde visa fortalecer a saúde coletiva, não só nas cidades com boa estrutura, mas nos vazios assistenciais e nas regiões de difícil acesso."

– Williames Freire Bezerra Presidente do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde)

"Num país continental como o nosso, com tamanhas diferenças de todas as naturezas, a telessaúde democratiza o acesso à medicina de qualidade, diminui idas desnecessárias a prontos-socorros e permite levar a prevenção a muito mais pessoas."

– Eduardo Amaro Presidente da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados)

"As empresas apontam que a telessaúde conseguiu resolver 70% das demandas e encaminhar os casos de maior complexidade para o atendimento presencial"

– Rafael Lucchesi Diretor-superintendente do SESI (Serviço Social da Indústria)

"Há 20 anos, organizações médicas de todo o mundo já haviam se dado conta do potencial da telemedicina e da importância de sua regulamentação, de modo a permitir seu uso com eficiência, ética e responsabilidade."

– José Luiz Gomes do Amaral Presidente da Associação Paulista de Medicina (APM)

"O que os brasileiros esperam é que a decisão sobre a regulamentação não demore. Mais do que isso: que não seja uma legislação limitadora com risco de travar o desenvolvimento da telemedicina no país e nos coloque na contramão do resto do mundo."

– Vera Valente Diretora executiva da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar)

"Conseguimos reduzir a lista de espera por atendimentos na cidade em até 60%, com a definição de critérios de gravidade, ordenando a fila de maneira inteligente e usando a telemedicina para atender à distância e fortalecer a clínica na Atenção Primária à Saúde."

– Erno Harzheim Ex-secretário de Saúde de Porto Alegre e ex-secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde

"A telemedicina consegue uma coisa que a consulta convencional não consegue. Quando o paciente vem até o meu consultório, eu só enxergo a realidade dele dentro da minha sala. Mas se eu faço uma teleconsulta, posso conhecer a moradia e as condições de vida dele."

– Chao Lung Wen Professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo)

"Se antes da Covid-19 a telemedicina já era importante para ampliar o acesso à saúde em regiões mais necessitadas ou remotas, com a pandemia ela se afirma como indispensável."

– Carlos Eduardo Lula Presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde)
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Para saber mais

27.04.2021 Correio Braziliense

Live: Telessaúde - inovação para democratizar o acesso à saúde

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05.04.2021 Folha de S. Paulo

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26.03.2021 Mobile Time

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11.02.2021 CNN Brasil

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15.05.2021 6 Minutos

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06.02.2021 Infomoney

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23.09.2020 UOL

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10.09.2020 Estadão

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